Data de Publicação: 26 de Agosto de 2014
A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Sergipe, a Apae Sergipe, foi a instituição convidada para participar da Tribuna Livre na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) nesta terça-feira, 26. Após a explanação do presidente da entidade, Max Guimarães, sobre o trabalho da instituição na Semana Nacional da Pessoa Com Deficiência Intelectual e Mútua, o vereador Lucas Aribé (PSB) ocupou o tempo do Grande Expediente para ressaltar a importância das Organizações Não-Governamentais para a sociedade.
"Aproveito a presença do pessoal da Apae para voltar a falar sobre acessibilidade. Como parlamentar, defendo uma cidade acessível e enalteço o trabalho das ONGs. Essas pessoas são as verdadeiras lutadoras, dignas de elogios e reconhecimento por parte do poder público. Porém, um reconhecimento verdadeiro e não apenas com palavras", destacou Lucas.
Lucas está no centro da imagem na Tribuna da Câmara. Ele segura o microfone que está a sua frente
De acordo com o vereador, o que se vê são palavras bonitas e pouca ajuda às ONGs que muito fazem pela sociedade em geral. "É fácil elogiar, mas é necessário ajudar de verdade, e o poder público pode fazer isso. Valorizar todas as instituições que atuam em defesa das mulheres, pessoas com deficiência, idosos, enfim, com as chamadas minorias. São essas entidades que garantem, na maior parte das vezes, a dignidade da pessoa humana para os diversos grupos".
Em seu pronunciamento, Lucas destacou a Apae em especial pela semana comemorativa. "A Apae está há muito tempo fazendo um trabalho belíssimo, dando a oportunidade de abrir o diálogo, a amizade, a convivência social e educacional de milhares de pessoas até hoje", ressaltou.
Falta de planejamento
Lucas Aribé voltou a questionar as ações da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) nesses 20 meses de administração. "Ninguém tem condições de andar com autonomia em Aracaju e não vemos a gestão municipal fazer o que deve ser feito", disse. Ele ainda completou que quando cobra em plenário essas mudanças várias justificativas e ações são colocadas, mas que não é o suficiente. "Precisamos de diretrizes orçamentárias para a acessibilidade. Aracaju não é acessível de forma alguma. Quem consegue trafegar nas calçadas? Ninguém. Quais as alternativas de lazer que as pessoas com deficiência ou idosas têm em Aracaju. Não há. E quando eu cobro aqui, escuto que o Centro-DIA foi criado. Isso é ótimo, mas não basta. É preciso mais, muito mais", afirmou.
O parlamentar relembrou que, na Câmara, luta desde o início do mandato cobrando através das proposituras que as ações sejam feitas. "Desejo gestores que se preocupem e façam algo pela acessibilidade, que façam como estou buscando fazer aqui nesta Casa, mesmo sofrendo derrotas e, aproveito o momento eleitoral, para lembrar aos cidadãos que valorizem os nomes que queiram ver a inclusão em primeiro plano. Não vou me cansar de cobrar. Quero boas condições de acessibilidade nas escolas, postos de saúde, ambientes de lazer. Quero e cobro que a legislação federal e a municipal sejam cumpridas. Luto e irei lutar por isso", explicou.